Madeira de Demolição
Matheus Maia
INTRODUÇÃO
Até o século XX, a madeira era o principal material de construção usado em todo o mundo, porque estava amplamente disponível, durável e facilmente moldado em várias formas. Ao longo dos séculos, enormes florestas foram derrubadas para atender às demandas das populações crescentes e cidades em rápido crescimento. Foi apenas a partir de então que os outros materiais, como aço e concreto, começaram a ser produzidos em quantidades suficientes para substituir a madeira na construção civil. Durante décadas, o procedimento padrão para as empresas que demoliam prédios urbanos, tais como antigos engenhos, ferrovias ou fábricas, era de eliminar os destroços em aterros ou lixões. Estruturas rurais foram simplesmente deixadas para apodrecer. No entanto, nos anos 1980 e 1990, o crescente interesse na reciclagem e na preservação do meio ambiente levou alguns construtores empreendedores a repensar esse conceito. Simplificando, se uma estrutura ainda está de pé depois de 100 anos, a maioria de seu material é provavelmente ainda estruturalmente sólida. Muitas empresas começaram a coleta de madeira nestes locais para novo uso em projetos de construção.
Diante de toda essa transformação de valores ligados a produtos ecologicamente corretos, podemos acompanhar o crescimento absurdo da demanda por produtos deste tipo, sendo a madeira de demolição um dos itens com forte destaque, por aliar um estilo nobre, ecologicamente correto, e que após o trabalho de mãos talentosas espalhadas pelo Brasil, vem a se transformar em variadas obras de arte.
DE ONDE VEM A MADEIRA DE DEMOLIÇÃO?
Peroba Rosa de demolição
A madeira de demolição mais comercializada atualmente é a peroba rosa de demolição, uma matéria-prima proveniente da região sul do país, onde se fazia uso em massa desta madeira na construção civil, tanto na estruturação quanto nos revestimentos, inclusive no fechamento de paredes