Macroeconomia
ECONOMIA FECHADA COM GOVERNO
Roteiro:
1. Introdução
2. Função consumo privado agregada
3. Função investimento privado agregada
4. Função gasto público
5. Função de demanda agregada
6. Equilíbrio no modelo “keynesiano” simples e o multiplicador
7. Exercícios de estática comparativa
8. Orçamento governamental
9. Política fiscal
9.1Princípio das finanças funcionais
9.2Estabilizadores fiscais automáticos
9.3Equilíbrio do orçamento apenas a pleno emprego
9.4Orçamento de pleno emprego
9.5Teorema de Ha(a)velmo
10.Equilíbrio pelo lado da poupança
11.Conclusão
1. INTRODUÇÃO
Contexto histórico: Até a crise dos 30, a vertente então hegemônica do pensamento econômico (escola neoclássica) prescrevia como ideal o seguinte conjunto de políticas:
Equilíbrio permanente do orçamento governamental (“princípio das finanças sadias”); déficits orçamentários do governo considerados indesejáveis porque elevariam a taxa de juros e não teriam efeito permanente sobre os níveis de produção e emprego;
Adoção do regime cambial de padrão-ouro, que impõe uma limitação estrita à emissão de moeda pelo governo como forma de evitar a inflação;
Livre comércio, para pleno usufruto das vantagens comparativas; protecionismo visto como incapaz de gerar efeitos permanentes sobre produção e emprego;
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Uma elevada predisposição a poupar (baixa predisposição a consumir) por parte dos agentes privados seria louvável, na medida em que reduziria a taxa de juros e incentivaria os investimentos privados, a acumulação de capital e possivelmente o crescimento econômico (causalidade prevista pela lei de Say, da poupança para o investimento).
Intervenção do Estado na economia limitada aos casos de “falhas de mercado”: bens públicos, externalidades, informações assimétricas e proteção da concorrência.
Tais conclusões dependiam crucialmente da validade das hipóteses de:
Plena flexibilidade de preços e salários gera forte tendência ao