Maconha
A maconha, planta tropical, cujo nome correto é Cannabis Sativa, é composto por centenas de substâncias. Dentre elas, um sétimo são canabinóides, que tem alguma ação psicoativa em humanos, principalmente. Mas o principal canabinóide é, com certeza, o delta-9-THC (tetraidrocanabinol), além do canabinol e do delta-8-THC (que tem importância mínima perto do delta-9-THC, até porque o canabinol é somente uma fração do mesmo).
Dentre os produtos possíveis de se obter da Cannabis, os que tem maior concentração de delta-9-THC são o óleo de haxixe (com 15 a 60%) e depois o haxixe e o skunk, ambos com uma concentração de 20%, enquanto a maconha convencional, mais comum entre os jovens equipanos, tem uma concentração de 2 a 8%. Convencional também é a forma de ingestão pulmonar, isto é, inalatória, mais efetiva em relação à efetividade de absorção de delta-9-THC e cujo efeito é mais rápido e menos duradouro. Mas também é possível alcançar os efeitos desejados via oral, forma mais lenta e duradoura. Mas uma vez ingerido, o delta-9-THC se espalha por várias partes do corpo humano, sendo que a pequena parte que chega ao cérebro tem efeitos como diminuição da coordenação e do equilíbrio, de acesso à memória e aprendizado, além de afetar áreas responsáveis pela sensação de prazer. Sendo assim, os sentidos parecem todos aumentados e a percepção do tempo muda, o usuário sente relaxamento, às vezes tem ilusões, juntamente com uma imensa fome, a “larica”. E o uso contínuo pode significar dependência do produto, cujos sintomas da abstinência são ansiedade, insônia, náuseas e o desejo constante de adquirir mais da droga. Felizmente, estudou indicam que, apesar da possibilidade de ocorrerem pequenas seqüelas com o uso, ele é dificilmente letal.
Falando desse jeito, parecem haver mais efeitos positivos do que negativos, mas não é bem assim na prática. Na minha opinião, um dos fatores mais “desaconselhadores” do uso de substâncias ilegais como a maconha é a