: MACHADO DE ASSIS E SEUS CINCO ÚLTIMOS ROMANCES
“Esse é o Machado eterno, que recusa narrar obviedades” finaliza-se assim o texto do professor Cid O. Bylaardt, e o que podemos avaliar sobre esses conceitos sobre Machado e suas obras, é simplesmente afirmar que a literatura brasileira nunca mais foi a mesma depois das inovações provenientes da escrita de Machado de Assis. O escritor abusou seu estilo de construção literária excitada e provocante, mais seu prestígio, ou reconhecimento, foi ainda mais fortalecido a partir de seus cinco últimos: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó, Memorial de Aires. A ironia, o incerto, o indescritível, a transcendência figuram em todas as narrações machadianas, lembrando que há ainda o espaço concedido à familiaridade com o leitor, espaço esse que é permitido ao mesmo a liberdade de fazer o que quiser, ou seja, se o leitor desejar saltar trechos, ele o fará, ele esta livre para fazer suas próprias considerações sobre os personagens. Estas questões são apenas um dos fatores que estimulam àquele que está a participar do enredo de Machado, em Quincas Borba, como em todas as cinco obras, a crítica contra o capitalismo excessivo é primária, tanto que Rubião, um professor simples que virou subitamente um capitalista, só, de fato, entendeu como aquele sistema que corrompe a personalidade e difunde as relações oportunistas, quando pôde “apreciar o chicote tendo o cabo nas mãos”, revelando que só pode compreender o sistema, se fizermos parte dele. Machado rompeu com as enormes limitações colocadas de início para o romance no panorama romântico local, recuperando, assim, de certa maneira as potencialidades associadas ao