Macas ou Médicos?
O programa “mais médicos” faz parte de um projeto de melhorias no sistema único de saúde, que prevê mais investimentos na infraestrutura dos hospitais, além de poder mandar médicos para as regiões mais necessitadas do Brasil, onde falta profissionais.
Os médicos chamados para atuar nas periferias das grandes cidades, terão que esperar os preenchimentos das vagas, já que os médicos brasileiros, tem a prioridade de escolherem se querem ou não ficar com á vaga. Pois o grande problema é a falta de recurso dos hospitais e sistemas únicos de saúde (SUS) das cidades do interior.
O médico José Almeida, diretor do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) Regional de Picos, analisa o programa e afirma que as entidades médicas não o apoiam, considerando o programa uma manobra do governo que favorece a exploração da mão de obra do médico recém formado, “além disso, o aumento de tempo de formação médica dificultará mais ainda para os médicos se especializarem”.
José Almeida cita uma série de desvantagens sobre o “Mais Médicos”, entre elas, a falta de infraestrutura em regiões isoladas do país, algumas delas também esquecidas pelo poder público. “Enviar medico recém-formado para interiores, iguais os nossos do Piauí, onde governo não investe, sem condições de trabalho, hospitais sucateados, sem medicamentos básicos, sem equipe multiprofissional, sem material hospitalar. O que eles vão poder fazer? Colocar os pacientes em ambulâncias e encaminhar para centros maiores, isso até um técnico de enfermagem bem treinado pode fazer”. É bom lembrar que Cuba exporta médicos para mais de 70 países. Os cubanos estão acostumados e aceitam trabalhar em condições muito inferiores. Aliás, é nisso que eles são bons. Eles fazem medicina preventiva em massa, que é muito mais barata, e com grandes resultados. Antes dos médicos o Brasil precisa melhor sua infraestrutura, para que esses profissionais tenham condições de exercer melhor seu trabalho, e amenizar