Lógica de matematica
Jacir J. Venturi
Ensinar a raciocionar, em meio a tantas demandas, é uma das principais tarefas da escola. Não importa a área, sempre encanta uma apresentação oral ou escrita com bom encadeamento lógico. Quando da visita de Howard Gardner, na plateia éramos 100 privilegiados educadores, a convite da Universidade Positivo. Julgo que o maior mérito de Gardner foi valorizar e inserir no espectro das Inteligências Múltiplas as inteligências interpessoal e intrapessoal. Quando perguntado quais as mais valorizadas para o mercado de trabalho, Gardner foi enfático: ― É a combinação da união do pensamento lógico à capacidade de lidar com as pessoas. O edifício gardneriano se sustenta sobre a premissa de que todas as inteligências podem e devem ser desenvolvidas. A escola e a família sempre suscitam respostas positivas por parte do aluno, quando oferecem condições adequadas de aprendizado e um ambiente estimulador. Desenvolver na criança e no adolescente a inteligência lógico-matemática, uma das nove inteligências de Gardner, é das incumbências mais relevantes dos professores e dos pais. Continua indispensável a memorização de alguns conteúdos das disciplinas, mesmo com todos os avanços tecnológicos. No entanto, o saber enciclopédico perde em parte a sua importância, pois em poucos minutos estamos ao alcance de um teclado, e só o Google hospeda 1 trilhão e 200 bilhões de páginas. Diante desse gigantesco acervo de informações – verdadeiras ou falsas – é preciso discernimento e racionalidade. Estamos convivendo com “mestres” que, para serem bonzinhos, ou em nome da didática, apresentam as matérias por demais prontas, tipo fast-food. É crítico o nível de exigência da maioria dos livros e apostilas de Matemática adotados pelas escolas, quando se sabe que esta disciplina é a que melhor induz o desenvolvimento da têmpera racional da mente. Danosas têm sido as provas de Matemática do ENEM, pelo excesso de contextualização e