Lírica de Camões
“Ondados fios de ouro reluzente”
Disciplina: Português
Introduçao No âmbito da disciplina de português, a docente Ana Passos propôs a análise de um poema de Luís Vaz de Camões dos quais o grupo decidiu escolher o soneto “Ondados fios de ouro reluzente”, a razão que nos levou a elege-o foi a homenagem que faz á mulher e a forma magistral do “sujeito poético” descreve-la, faz com que a imaginemos simplesmente perfeita.
O poema de Luís Vaz de Camões, é um soneto, pois é constituído por duas quadras e dois tercetos, é ainda importante salientar que foi Sã de Miranda quem introduziu o soneto em Portugal, sendo Camões quem o elevou á maior altura.
O tema que é apresentado é a mulher idealizada, a mulher Petrarquista, devido á beleza e sensualidade referida em quase todas as estrofes e está inserido na “medida nova”, uma vez que há uso do verso decassílabo, de acentuação não 6º e 10º silabas (heróico) ou nas 4º,8º e 10º (sáfico) e uso (menos frequente) do verso hexassílabo.
Na primeira estrofe podemos ver que há uma comparação em “ondados fios de ouro”, uma vez que está a comparar o ouro, que é um metal muito precioso com o cabelo da mulher idealizada, desde já uma mulher perfeita vindo reforçar “reluzente” com a ideia do brilho do cabelo, sendo o prefixo “ente” uma hipérbole, uma vez que é um exagero, dá mais enfâse à estrofe.
“Recolhidos” significa a forma, como ela ajeitava os seus cabelos.
Existe ainda mais uma comparação no primeiro verso, as “rosas” que são relacionadas com a sua face, o seu rosto.
E o verso” Fazeis que sua beleza se acrescente” o cabelo tornava-a mais bela ainda a sua beleza natural.
Na primeiras duas estrofes do segundo verso, podemos verificar que o autor pretende realçar os olhos da mulher Petrarquista e como o seu olhar era doce, sendo “olhos” uma apóstrofe e “divinos” eleva ainda mais o seu olhar, como se fosse de um Deus perfeito, “raios incendidos”