Mesmo sendo uma instituição transformadora, a escola não se transformou. Enferrujada ao longo do tempo, e conservadora em sua totalidade, a instituição que deveria inserir e quebrar as muralhas sociais não supre as necessidades que, surgem a todo instante. Lidamos com um aparelho do século XVIII, que não adequou seus métodos às necessidades sociais, econômicas e políticas em constante metamorfose. A escola tolhe o conhecimento e a criatividade do aluno, arranca-lhe as particularidades e produz a todo instante "mini-máquinas", estas, prontas para disputar e guerrear por um espaço num mercado de trabalho com paulatina inflação de credenciais. De décadas em décadas, vemos potencias escolares que enfeitam o velho e ornamentam a face enferrujada das instituições de ensino. Surgem com os "colégios aprovação", colégios que garantem a aprovação de "mini-máquinas" em provas que 'decidem' suas vidas. Será que esse é o tipo de escola que queremos? Será que esse é o tipo de escola que precisamos? Porquê os métodos não mudaram? Em que momento histórico esquecemos de atualizar a forma de ensinar? Devemos instruir ou educar? Este com certeza não é o tipo de escola adequada às demandas sociais. Precisa-se de escolas preocupadas com nossas crianças, escolas que busquem tornar "mini-máquinas" em seres humanos críticos e lúdicos, cientes de seus papéis sociais. A prática de ensino pouco mudou, o professor é tido como o detentor do saber, as instituições religiosas, estas conservadoras, ainda dominam grande parte do "mercado" e os interesses da sociedade pouco foram discutidos. Não há um momento histórico exato que nos diga quando as instituições escolares deixaram de evoluir, o problema maior é entender porque não o fazemos agora. A instrução escolar, não tornou-se mais do que uma prática de "maquinização" e reprodução da razão instrumental, do conhecimento pragmático. O educar vai além do ensinar, é teórico e empírico, humaniza e capacita, transforma e melhora. Faz o homem