Língua versus fala
O artigo elaborado pela graduanda Tatiana Fasolo B. Fedumenti, aborda o tema “Marcas da oralidade na escrita de alunos do ensino médio em produções textuais. A aluna afirma que ao contrário da visão de que fala e escrita se configuram como dois sistemas opostos, uma nova concepção ganha espaço entre os pesquisadores como Marcuschi (2001), Bagno (2007) e Leite (2000), os quais consideram que os “erros” da língua podem constituir-se inovações da língua presentes na oralidade. O artigo contempla um tema muito discutido que é a fala versus a escrita, as quais segundo Bagno, fala é vista como espontânea e, portanto, “caótica sem regras, ilógica” e escrita por sua vez é planejada, monitorada homogênea e invariável. A graduanda cita autores como Marcuschi para afirmar que a partir da década de 1980 aconteceu uma mudança na visão sobre fala e escrita, decorrente dos estudos linguísticos e baseados em autores que afirmam que a escrita é tão heterogênea quanto a fala, não sendo estas superiores uma a outra, pois as duas representam uso da língua, simbolizam relações de poder e possibilitam a organização social e a comunicação interpessoal. Sobre as variações e ensino, afirma que tanto os Parâmetros Curriculares Nacionais (2008), quanto as Diretrizes para a Educação do Estado do Paraná (2008), sugerem um ensino que contemple as práticas sociais e garanta o letramento dos alunos tornando-os mais críticos utilizando-se da teoria sociolinguística. As diferentes formas de pronúncia do português passam a ser entendidas como reflexo da identidade cultural do falante e não mais “erro”. A autora fala em seu artigo sobre uma nova perspectiva sobre o “erro” e cita autores como LEITE, para embasar-se em suas afirmações. Em uma delas a aluna afirma que “é possível