resumo
Luiz Antônio Marcuschi
1. Oralidade e escrita no contexto das práticas sociais A escrita e a oralidade são de extrema importância para uma sociedade. Possuem funções distintas, mas são usadas para um bem comum, que é a comunicação. A oralidade busca instituir a comunicação através da fala, onde podemos nos comunicar sem preocupar-se tanto com as normas linguísticas. Já a escrita, com seus códigos linguísticos, institui a comunicação buscando atender rigorosamente a norma culta ou norma padrão de cada sociedade.
2. Oralidade x Letramento ou Fala x Escrita? O letramento é o uso da escrita na sociedade, vai desde um analfabeto até os mais renomados nomes da literatura, como um escritor ou engenheiro. Letramento não se resume apenas a ler e escrever, mas sim entender e saber aplicar a escrita em uma sociedade. A oralidade está no cotidiano de cada indivíduo, sendo ela formal ou informal e nas mais variáveis formas de uso.
3. Fala x Escrita: a perspectiva das dicotomias Fala e escrita são duas modalidades de uso da língua, com muitas diferenças na perspectiva da dicotomia. Ao analisar essas diferenças, originou-se uma perspectiva, que na sua forma mais rigorosa e restritiva, nomeada norma linguística ou norma padrão. É dela que conhecemos as dicotomias do tipo:
FALA ESCRITA
Contextualizada Descontextualizada
Implícita Explícita
Redundante Condensada
Não planejada Planejada
Imprecisa Precisa
Não normatizada Normatizada
4. Oralidade x Escrita: a tendência fenomenológica de caráter cultural É uma tendência que visa observar muito mais a natureza das práticas da oralidade versus escrita e seus efeitos na forma de organização e produção do conhecimento. Este paradigma é denominado como visão culturalista na sua formulação forte. As características centrais desta visão poderiam ser assim resumidas:
Cultura oral versus Cultura letrada
Pensamento concreto versus