Língua Brasileira de Sinais
Sinais - Libras
Margarida Maria Teles,
Verônica dos Reis Mariano Souza.
1. VISÃO HISTÓRICA DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA
OBJETIVO
Ao final desta aula, o aluno deverá: analisar comparativamente as diferentes abordagens educacionais no processo de educação das pessoas surdas.
A história da Língua de Sinais está implícita na concepção de educação das pessoas surdas ou deficientes auditivas, influenciadas por médicos e religiosos num contexto político e sociocultural, ao longo dos séculos. De acordo com Russo e Santos (1993): Deficiência auditiva pode ser definida como a redução ou perda total da capacidade de detecção do som de acordo com padrões estabelecidos pela American National Standards Institute (ANSI,1989), expresso pelo Zero audiométrico (0 dB NA (Db-decibéis, NA-nível de audição)), refere-se aos valores de níveis de audição que correspondem à média de detecção de sons em várias frequências, por exemplo: 500 Hz,1000 Hz, 2000 Hz e 3000Hz. Considera-se, em geral, que a audição normal corresponde à habilidade para detecção de sons até 25 dBNA e a surdez quando a perda de audição é profunda (maior que 91 dB NA), incapaz de desenvolver a linguagem oral.
Durante a antiguidade até o século XV, os surdos foram tratados como seres primitivos, incompetentes e imperfeitos, castigados pelos Deuses. Sendo assim, como consequência eram abandonados, excluídos dos direitos sociais e não podiam ser educados. Nesse período, era comum a eugenia, ou seja, eliminação das pessoas deficientes, malformadas ou as muito doentes, para controle social, visando a melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente.
As primeiras controvérsias em relação à forma de comunicação dos surdos são evidenciadas pelas afirmações de Aristóteles o qual acreditava que o pensamento só seria concebido através da palavra falada, negando aos surdos a possibilidade de instrução.
“[...] Ensinava que os que