Lâminas Permanentes
O pequeno tamanho das células e dos componentes da matriz torna a histologia dependente do uso de microscópio. Além disso, pesquisas em química, fisiologia, imunologia, são fundamentais para um conhecimento adequado da biologia dos tecidos e dos órgãos e de como seus vários componentes interagem na saúde e na doença.
O procedimento mais utilizado no estudo de tecidos ao microscópio consiste na preparação de cortes histológicos. Na maioria dos casos os tecidos e órgãos são espessos e não permitem a passagem adequada de luz para a formação de uma imagem; antes de serem examinados no microscópio eles devem ser fatiados em secções ou cortes histológicos muito delgados que são colocados sobre lâminas de vidro. Os cortes são obtidos por meio de instrumentos de grande precisão chamados micrótomos, mas antes, os tecidos e órgão precisam passar por uma série de tratamentos que serão descritos a seguir. Fixação
Logo após sua remoção do corpo, células ou fragmentos de tecidos e órgãos devem ser submetidos a um processo chamado fixação, que possui várias finalidades: evitar a digestão do tecido por enzimas presentes nas próprias células ou em bactérias; endurecer os fragmentos; preservar em grande parte a estrutura e a composição molecular dos tecidos. A fixação pode ser feita por métodos químicos ou, menos frequentemente, por métodos físicos. Na fixação química os tecidos são imersos em soluções de agentes desnaturantes ou de agentes que estabilizam as moléculas formando pontes com moléculas vizinhas. Estas soluções são chamadas de fixadoras. Um dos fixadores mais comuns é o formol a 10%.
Como demora algum tempo para que o fixador se difunda de maneira rápida e completa pelo interior dos fragmentos, estes geralmente devem ser cortados em fragmentos menores antes de serem imersos no fixador. Alternativamente, pode ser utilizada a perfusão intravascular do fixador, o qual deste modo alcança a intimidade dos tecidos rapidamente pelos vasos sanguíneos, sendo