Luz, Espaço e Forma
A relação com o clima e o lugar são fatores determinantes para a utilização da luz natural. O aproveitamento da luz natural deverá ser muito cauteloso, sendo necessária a utilização de elementos filtrantes que sirvam para diminuir a incidência da radiação solar e o excesso de ofuscamento. A relação entre cada parte do todo é importante para informar à nossa percepção a construção visual do lugar, estabelecendo relações entre a luz e os elementos arquitetônicos envolvidos. Planos diferenciados, ondulações, depressões, relevos, texturas e materiais resultam em superfícies que se acentuam e se diferenciam através de gradientes de luminosidade. Segundo Bruno Zevi, a arquitetura bela será a arquitetura que tenha um espaço interno que nos atraia, nos eleve, nos subjugue espiritualmente; a arquitetura feia será aquela que tenha um espaço interno que nos enfastie e nos repila; o importante é estabelecer que tudo o que não tem espaço interior não é arquitetura. Quando se pensa em espaço interior espera-se que ele sirva de abrigo da claridade ofuscante do sol e da escuridão da noite, fornecendo uma experiência diferente do exterior. Elementos climáticos tais como calor, frio, chuva, neve, poeira e vento precisam ser excluídos de dentro do ambiente para deixa-lo confortável para a habitação humana, mas, a luz, por outro lado, é desejada. Em muitas edificações comerciais, a utilização da luz natural tem sido explorada, produzindo benefícios econômicos e também mantendo uma maior conexão com o meio externo, além de modelar e enriquecer o espaço. A luz pode definir diferentes espaços dentro de uma grande área. Um grande espaço pode ser diferenciado pelos equipamentos, pelos materiais e, principalmente, pela luz natural e artificial, marcando caminhos, diferenciando áreas de trabalho e áreas de lazer. Fenômenos naturais, como a luz, surgindo