Apesar do estudo sobre o tema Evangélicos na Mídia ser escasso no país, não é recente. A escritora Magali do Nascimento Cunha tratou com muita propriedade sobre o assunto em seu livro “A explosão Gospel – Um olhar das ciências humanas sobre o cenário evangélico no Brasil”. A referida escritora traz em seu livro um importante estudo histórico sobre o inicio dos programas evangélicos no Brasil e sua ampliação na mídia em geral. O autor Luther King de Andrade Santana aponta alguns motivos para o crescimento dos evangélicos na mídia, tais como: o surgimento da Igreja Universal e seu estreito envolvimento com um grande complexo de comunicação e informação; a atuação dos evangélicos no campo político e seu envolvimento com causas de notoriedade social; a dificuldade da Igreja Tradicional em acompanhar esse desenvolvimento, perdendo fieis para as igrejas evangélicas; a necessidade dos evangélicos de divulgar sua fé e formas variadas para sustentá-las, entre outros. O inicio dos programas evangélicos no país foi na radio. Depois, importamos programas norte americanos para televisão que, por aqui, não surtiram grande efeito. Estes programas foram substituídos por programas nacionais que deram tão certo que acabaram por transformar a igreja em “um grande aparato administrativo-empresarial”[1] capaz de disputar mercado com qualquer empresa do ramo e, com um objetivo preocupante: o de levar a todo canto o nome do seu apresentador, ou do líder de uma igreja ou grupo. Porém, mesmo com este grande aparato televisivo, Luther King de A. Santana citando Freston, justifica o domínio do radio na mídia evangélica ainda hoje, com o argumento de que: "o custo mais acessível, a facilidade técnica da produção e a disponibilidade maior de horários. Ou seja, é ainda através do rádio que os evangélicos se inserem na comunicação de massa do Brasil.”. Hoje, a criação de um programa seja ele na radio ou na televisão, traz contornos de especialistas, estudos de