Lutar pela igualdade sempre que as diferen as nos AFRICA
discriminem; lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize.”
Boaventura de Souza Santos
Alunos Atendidos: 1º e 2° segmentos do Ensino Fundamental
Duração: Anual
Introdução:
A escola tem o compromisso de reforçar os valores sociais e morais, mas muitas vezes acaba, mesmo que de forma quase imperceptível, perpetuando e reforçando alguns preconceitos. Um exemplo claro do que falamos pode ser visto na forma como sempre se referiu ao Continente Africano. Suas principais considerações se relacionam com os problemas e sofrimentos desse povo, pouco se falando sobre sua cultura, sua história. Os negros aparecem nos livros didáticos sempre relacionados à escravidão, sofrimento, submissão, miséria. Pobres coitados sem história! Discriminados, maltratados, com uma cultura que se baseia na capoeira, candomblé, atabaques, safaris e roupas coloridas. Como é possível que minimizando tanto a história do segundo maior continente do planeta e o lugar de onde, há milhões de anos, apareceram nossos ancestrais, podemos estar contribuindo para que os afro-descendentes sintam-se valorizados?
Os primeiros centros universitários e culturais de que se tem registro na história da humanidade foram encontrados na África. Os diversos povos que habitavam este continente, muito antes da colonização feita pelos europeus, tinham conhecimentos de astronomia e de medicina que serviram de base para a ciência moderna; Dominavam técnicas de agricultura, mineração, ourivessaria e metalurgia e usavam sistemas matemáticos muito bem elaborados. Para se ter uma idéia, em 1879, o médico inglês R. W. Felkin aprendeu com os banyoro (tribo africana) as técnicas de cesariana, que já envolvia assepsia, anestesia e cauterização do corte, que era feito na vertical. Isto prova que já tinham conhecimento da técnica muito tempo antes. Entre as grandes civilizações da humanidade, que serviram de base para o estudo da História e os grandes