Declaração universal dos Direitos humanos
PEDRO SIMON
SENADO FEDERAL
DECLARAÇÃO UNIVERSAL
DOS DIREITOS
HUMANOS
IDEALDE JUSTIÇA, CAMINHODA PAz
BRASÍLIA – 2008URGENTEMENTE
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
Ódio, solidão e crueldade,
Alguns lamentos,
Muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
Multiplicar os beijos, as searas,
É urgente descobrir rosas e rios
E manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
Impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
Permanecer.
Eugénio de Andrade
Em: Até Amanhã, 1956, Portugalsumário
Apresentação.................................................................... 7
1. A gênese........................................................................ 11
2. A travessia..................................................................... 15
3. Rumo à utopia............................................................. 217
A Declaração Universal dos Direitos Humanos tem, agora, sessenta anos. Nascida no imediato pós-guerra, ainda no calor sufocante das bombas derramadas sobre Hiroshima e Nagasaki, ela lançou, para o mundo que saía de um dos conflitos mais odiosos da história, um olhar de esperança.
Três anos antes, parecia que a humanidade havia sucumbido ao ódio, tamanha a barbárie de milhares de corpos mutilados sob escombros, último ato de uma história da vida real que não se quer esquecida, para não ser repetida.
Havia, então, um sentimento de reconstrução, não apenas das cidades e dos campos destruídos pela guerra, mas de todos os melhores valores igualmente feridos de morte nos corações e mentes de quem mandou acionar os gatilhos, os rastilhos e as válvulas de gás letal, em nome do poder, não importavam as milhões de vítimas inocentes.
Era preciso fazer brotar, de novo, a semente do verdadeiro sentido de humanidade.
A propósito, lembro-me das palavras de “Flores sobre ruínas”, na obra “Hiroshima”, de John Hersey:
Por toda parte – sobre os