Lusíadas

FICHA INFORMATIVA

Visão global d’ Os Lusíadas

A narrativa, iniciada na estância 19 do canto I, que tem como ação central a viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia, comandada por Vasco da Gama e realizada em 1497-1498, desenvolve-se, nas suas grandes linhas, do modo que a seguir se descreve.

Distribuição da narrativa ao longo do poema

▪ Cantos I e II - Consílio dos deuses no Olimpo, presidido por Júpiter, que decide apoiar os Portugueses. Viagem da armada do Gama a partir de Moçambique, no Oceano Índico: por intrigas de Baco, os Portugueses sofrem sucessivas ciladas, anuladas, porém, por ação de Vénus. A armada chega a Melinde, onde é festivamente recebida.

▪ Cantos III e IV – A pedido do rei de Melinde, o Gama conta a História de Portugal, desde as suas origens até ao final do reinado de D. Fernando (canto III) e desde a morte desde até ao reinado de D. Manuel, quando a armada do Gama parte de Lisboa (canto IV).

▪ Canto V – Prossegue a narração do Gama ao rei de Melinde, com o relato da viagem da sua armada, de Lisboa a Melinde. Episódio simbólico e mítico do Adamastor.

▪ Canto VI – Partida de Melinde e Travessia do Índico. Consílio dos deuses, no fundo dos mares, a pedido de Baco e presidido por Neptuno, que decide a destruição da armada portuguesa por uma tempestade, objetivo que não é atingido por intervenção de Vénus. Com efeito, esta com a ajuda das ninfas, apazigua os ventos e as ondas, permitindo que a armada chegue a Calecute, na Índia.

▪ Cantos VII e VIII – Vasco da Gama visita o rei de Calecute; por sua vez, o Catual, um alto dignitário de Calecute, visita a armada portuguesa; a Paulo da Gama, que o recebe, o Catual pede explicações das figuras representadas nas bandeiras da nau portuguesa. É outro momento de evocação de heróis portugueses do passado. Por intrigas de Baco, Vasco da Gama fica retido em terra e só é libertado com o pagamento de um resgate.

▪ Cantos IX e X – Os mouros tentam reter a armada