Luiz Gonzaga asa branca
Asa-Branca
Asa-Branca é uma canção de choro regional (popularmente conhecido como baião) de autoria da dupla Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, composta em 3 de março de 1947.
O tema da canção é a seca no Nordeste brasileiro que pode chegar a ser muito intensa, a ponto de fazer migrar até mesmo a ave asa-branca (Patagioenas picazuro, uma espécie de pombo também conhecido como pomba-pedrês ou pomba-trocaz[1] ). A seca obriga, também, um rapaz a mudar da região. Ao fazê-lo, ele promete voltar um dia para os braços do seu amor. Há uma continuação de Asa Branca, intitulada A Volta da Asa Branca, que trata do retorno do retirante e de sua nova vida no Nordeste.
Letra:
Quando olhei a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de prantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração.
Característica e cultura local
Talvez a seca seja a maior característica da Caatinga, e é também o aspecto que tem maior força na construção da identidade do nordestino. Não é por menos que o maior sucesso de Luiz Gonzaga retrata as consequências da seca. A música Asa Branca conta a história de um nordestino que migra para o sudeste fugindo da fome e da seca.
A cultura do Nordeste apresenta características próprias