A representação da pobreza na obra menino de engenho de josé lins do rego e na música asa branca de luiz gonzaga
Ellen Josyanne Santos Nunes
Lauriê Machado Pereira
Acadêmicas do Curso de Letras Português Vespertino da
Universidade Estadual de Montes Claros-Unimontes
RESUMO
O presente ensaio objetiva analisar a representação da pobreza na obra Menino de engenho de José Lins do Rego e na música Asa branca de Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira. Por meio de alguns aspectos e personagens demonstraremos como a pobreza é abordada nas perspectivas dos autores, traçando um paralelo entre ambas.
PALAVRAS-CHAVE: Pobreza, aspectos, personagens. O romance Menino de engenho nos mostra as estruturas de uma sociedade rural aristocrática, escravocrata e latifundiária, essa obra visa proporcionar uma visão diferente da realidade social, política e econômica do Brasil, em destaque do nordeste. A elaboração da obra é baseada no período modernista, demonstrado pelo enredo que tem características da cultura brasileira.
O modernismo, como se sabe, exalta bem este nacionalismo, esta atmosfera brasileira, visível em todo o romance. Podemos ver no romance uma postura de um certo modo engajada, apesar da predominância no livro da idéia de evocação de uma infância marcada pela magia e o encanto da vida no engenho Santa Rosa.
(DIAS, 2008)
Dessa forma, podemos observar essas características no enredo onde o autor narra a história de um menino órfão, que aos quatro anos é obrigado a morar com o avô em um engenho na zona da mata nordestina devido a morte de sua mãe provocada pelo pai em um momento de loucura. Após essa mudança repentina o narrador-personagen passa por várias experiências com sua família e com os empregados de seu avô, suas novas atitudes e costumes sofreram influencias dos escravos dos engenhos de cana-de-açúcar, os quais viviam separados das famílias dos senhores de engenhos. Conforme Dias:
A separação em castas é visível no romance,