ludimila eutanasia
O artigo Eutanásia- problemas éticos da morte e do morrer traz uma abordagem acerca das inúmeras formas de eutanásia, na tentativa de transparecer uma delimitação para o conceito do termo eutanásia. O autor do artigo, Marcio Palis Horta argumenta que mesmo aceitando a morte como parte integral da vida, é difícil morrer e o será sempre, porque isto significa renunciar à vida neste mundo. Esta renúncia é como se o indivíduo se tornasse convicto de que a morte encerraria sua própria existência, ao mesmo tempo em que aceita o fim de um ciclo de vida, o individuo encontra dificuldades ao abrir mão de tudo parar tornar-se meramente nada. O autor nos traz em sequencia a evolução do conceito de morte ao longo dos anos, demonstra também a clara distinção entre eutanásia e a não utilização de terapias médicas destinadas ao prolongamento artificial da vida de pacientes terminais, à custa de terríveis sofrimentos para estes. Ainda segundo o autor, aceitar a própria morte nos traz permanentemente a consciência de nossa vulnerabilidade e de que nenhum avanço tecnológico nos permitirá evitar que venha a ocorrer, pois ainda nos dias atuais a morte tornou-se fria, distante, impessoal, menos humana. Muitas vezes pensamos a eutanásia como uma prática realizada em situações em que se supõe não haver qualquer esperança de se vir a modificar o estado da pessoa e isso não é correto porque não se pode prever a evolução de uma doença e a resposta adaptativa do organismo, mas isso será como afirmar que é possível a uma pessoa viver duzentos anos e o fato de isso nunca ter acontecido não invalidar essa possibilidade real.
Um doente em estado terminal tem necessidades aumentadas em relação aos cuidados de conforto que promovam a qualidade de vida física, intelectual e emocional sem descurar a vertente familiar e social. O autor do artigo aponta que a eutanásia pode ser voluntária ou involuntária, as pessoas com doença crónica