Lotação nos ônibus coletivos: e de quem é a culpa?
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Hoje, dentro do ônibus, à caminho da faculdade, comecei a observar coisas que, até então, não havia parado para analisar: a lotação nos ônibus. E me perdi nos meus pensamentos, desde o momento que adentrei naquele veículo, até a hora de descer. Quando consegui entrar no ônibus tive a sorte de sentar-me num dos poucos bancos vazios antes que alguém o fizesse. A sorte? Bem, na verdade o correto seria a agilidade. Sim, a agilidade, porque sem a minha presteza de pegá-lo antes que alguém o tomasse eu teria ido em pé os 40 minutos do meu percurso. Nisso o ônibus já havia lotado. Eu, que estava em um dos bancos na parte detrás do ônibus, antes da catraca, não conseguia ver quem estava na parte da frente, senão à minha frente, tamanho era o número de passageiros naquele minúsculo espaço. Então, em meio aos meus pensamentos, comecei a questionar: de quem é a culpa daquela situação? Será do Governo? Será das pessoas que mesmo vendo aquela loucura se submetem àquele perigo e falta de respeito? Será das empresas de transporte público? Mas, espera um pouco. Transporte público? Como assim? Não seria mais condizente transporte coletivo? Sim, porque para mim público é algo que além de pertencer a quaisquer pessoas é de graça. Motivo pelo qual não atrevo-me a chamá-lo assim. Público é um hospital, uma escola, pois não precisamos pagar para ter acesso, certo? Errado. E as milhares de taxas e impostos que pagamos diariamente nas contas de energia, de água, no produto que compramos, no serviço que adquirimos? Elas são exatamente para isso, para serem direcionadas a nós mesmos, para serem usadas em nosso benefício. Elas, quase que apenas teoricamente, servem para que não precisemos pagar explicitamente para ter acesso à saúde, educação, segurança, ao "transporte público"... Era neste ponto que queria chegar. Se já pagamos diariamente, por meio de impostos, para termos esse acesso, por que então precisamos pagar novamente para utilizarmos o transporte coletivo? E pagar caro,