LOOCKE
O projeto de Locke é mais modesto que o de Descartes, pela própria natureza empirista. Para Locke, produzir conhecimento é produzir idéias. Para Descartes, a condição fundamental da produção de conhecimento verdadeiro é Deus, uma vez que afirma a existência de idéias inatas. Ao retirar das idéias o caráter inato, Locke defende que o que apreendemos da experiência é que dá origem ao conhecimento, pois o conteúdo da nossa consciência (emoções, pensamentos, lembranças etc.) vem daquilo de que nós temos experiência. Esse conteúdo, Locke chama de idéias. A obra do empirista John Locke representa uma reação ao racionalismo do filósofo francês René Descartes. Por considerar o entendimento a faculdade mais nobre da alma, o filósofo inglês fez uma investigação acerca dos objetos que podemos conhecer. Dessa forma, ele pretendia mostrar as condições que temos de apresentar para conhecer, isto é, descobrir com que nossas faculdades mentais conseguem lidar e com que não conseguem. Tentar ir além do que nosso entendimento é capaz de apreender ou adentrar as veredas que extrapolam a compreensão humana é cair na especulação. Segundo Locke, o entendimento pode ter um papel tanto passivo como