Loney
Introdução.
A alimentação pode ser considerada hoje o mais grave problema da nação brasileira.
Mais importante até do que educar o povo é alimenta-lo, na opinião de Pinto Ferreira.[1] O cidadão com fome não trabalha e não produz.
Já em Roma antiga existia a luta pela interferência do Estado no abastecimento. Caio Graco criou a “Lei do Pão” que garantia ao povo receber pão dos armazéns do Estado a um preço reduzido. Entretanto, a oligarquia política assassinou-o.
As grandes revoluções européias foram precedidas de graves crises na alimentação. O exemplo da França, em 1789 e o da Rússia ilustram nossa afirmação.
A grave crise da alimentação de mais de 10 anos de duração foi capaz de exacerbar até a loucura todas as paixões populares. Basta lembrar a afirmação da Rainha francesa, quando do início da Revolução, sugerindo dar brioches ao povo.
Pinto Ferreira comenta que a Revolução Francesa praticamente começou com o povo invadindo as padarias.
Na Rússia revolucionária mais de 12 milhões de pessoas morreram de fome, tendo inclusive a estatura do povo soviético diminuído. Isto porque a natureza protege o ser humano, pois diminuindo o tamanho, favorece a sobrevivência. Basta olhar o povo do nordeste brasileiro.
A crise da alimentação se agrava no país e no continente latino-americano. Basta lembrar o exemplo argentino, no qual as pessoas derrubaram já uma série de presidentes com o movimento do “panelaço”, ou seja, as pessoas estão com fome. E a população faminta derrubará qualquer governante ou qualquer regime político existente.
As opções para a reforma agrária no Brasil.
Três são as posições ideológicas dominantes a respeito da questão agrária no Brasil. Assistencialismo agrário,