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Com a publicação de Oaristo, de Eugênio de Castro, em 1890, inicia-se oficialmente o Simbolismo português, durante até 1915, época do surgimento da geração Orpheu, que desencadeia a revolução modernista no país, em muitos aspectos baseada nas conquistas da nova estética.
Principais Características
Misticismo e espiritualismo – A fuga da realidade leva o poeta simbolista ao mundo espiritual. É uma viagem ao mundo invisível e impalpável do ser humano. Uso de vocabulário litúrgico: antífona, missal, ladainha, hinos, breviários, turíbulos, aras, incensos.
Falta de clareza – Os poetas achavam que era mais importante sugerir elementos da realidade, sem delineá-los totalmente. A palavra é empregada para ter valor sonoro, não importando muito o significado.
Subjetivismo – A valorização do “eu” e da “irrealidade”, negada pelos parnasianos, volta a ter importância.
Musicalidade – Para valorizar os aspectos sonoros das palavras, os poetas não se contentam apenas com a rima. Lançam mão de outros recursos fonéticos tais como:
Aliteração – Repetição seqüencial de sons consonantais. A seqüência de palavras com sons parecidos faz que o leitor menospreze o sentido das palavras para absorver-lhes a sonoridade. É o que ocorre nos versos seguintes, de Cruz e Sousa:
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpia dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes,
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
(Violões que Choram)
Assonância – É a semelhança de