Lombalgia
A lombalgia atinge cerca de 80% da população que apresenta dores na coluna lombar, segundo estudos epidemiológicos. Vale ressaltar que o impacto além de social para o indivíduo, que por vezes fica impossibilitado de exercer diversas atividades, é também financeiro, visto que causa baixo desempenho dos trabalhadores e isso pode afetar até mesmo a economia regional.
É uma patologia multifatorial e dentre as causas está a ocupação do indivíduo.
A lombalgia pode ser classificada como primária ou secundária, com ou sem comprometimento neurológico; mecânico-degenerativa; não-mecânica; inflamatória; infecciosa; metabólica; neoplásica ou secundária a repercussão de doenças sistêmicas.
(Jr, Milton Helfenstein, 2010)
Ela pode ocorrer por fatores traumáticos, psicossociais, mecânicos e posturais.
Sendo idade e condicionamento físico – classificados como fatores individuais – fatores que contribuem para o surgimento das dores. Há uma outra classificação, a profissional, que ocorre a partir do trabalho com movimentos repetitivos e levantamento de peso, por exemplo. A falta de atividade física e o sedentarismo contribuem para este quadro clínico.
Tabela 1. Evidência das correlações causais entre fatores físicos de trabalho e lombalgias ocupacionais (adaptado de Bernard, 1997; apud Marras, 2000):
Fator de Risco
Forte Evidência
(+++)
Evidência
(++)
Evidência
Insuficiente
(+/0)
Erguer/Força: Movimentos
X
Má Postura
X
Trabalho Físico pesado
X
Vibração em todo o corpo
X
Trabalho em postura estática
X
Sabe-se que há um equilíbrio mecânico nos movimentos da coluna vertebral, entre os segmentos anteriores (corpos vertebrais e discos), e posteriores (articulação interapofisária). Quando ocorrem forças excessivas e/ou anormais ocorre um desequilíbrio, que afeta a integridade mecânica dos discos e articulações. Contudo, sabe-se atualmente, que a dor não é mais uma sensação específica, cuja intensidade é