Lombalgia
A influência do sedentarismo na prevalência de lombalgia
José Jean de Oliveira Toscano1 e Evandro Pinheiro do Egypto2
M
INTRODUÇÃO A obtenção de equilíbrio nas estruturas que compõem a pilastra de sustentação humana (coluna vertebral), evitando quadros dolorosos a ela relacionados, não se constitui em tarefa fácil, devido principalmente às constantes mudanças de posturas realizadas diariamente pelo homem, expondo sua estrutura morfofuncional a uma série de agravos. Um desequilíbrio mecânico das estruturas da coluna vertebral atua como fator nocivo sobre elas mesmas. Todas as estruturas que compõem a unidade anátomo-funcional do segmento lombar apresentam inervação nociceptiva, com exceção do núcleo pulposo e de algumas fibras do anel fibroso1. As estruturas músculo-articulares são responsáveis pelo antagonismo das ações mecânicas da coluna: eixo de sustentação do corpo e, ao mesmo tempo, eixo de movimentação2. A falta ou excesso de esforço físico nessas estruturas facilmente acarretará danos à mecânica do ser humano em seus componentes osteomioarticulares. Sucintamente, podemos definir a lombalgia como sendo um sintoma referido na altura da cintura pélvica, podendo ocasionar proporções grandiosas. O seu diagnóstico pode ser considerado simples, pois geralmente o quadro clínico da lombalgia é constituído por dor, incapacidade de se movimentar e trabalhar3. A importância da dor lombar pode ser medida através da prevalência na população geral de adultos e em comunidades de trabalhadores, podendo manifestar-se desde a infância4,5. Evidências de problemas relacionados à coluna
1. Especialista em Ciências do Esporte; Professor do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe (UFS). 2. Médico Reumatologista; Professor do Departamento de Medicina Interna da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Recebido em: 16/1/2001. Aceito em: 5/6/2001. Endereço para correspondência: José Jean de Oliveira Toscano Rua Otacílio de