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Impactos da Eikelândia
Apesar de ainda ser precoce divulgar o "milagre", posso adiantar que os problemas afligindo o município de São João da Barra (rebatizado de Eikelândia) ultrapassam a questão eleitoral. E esses problemas respingarão não apenas no governo municipal, mas atingirão o governo estadual e seu braço operacional na região, o INEA.
A questão é que na ânsia de facilitar as coisas para o bilionário Eike Batista, tanto o governo de Carla Machado como o de Sérgio Cabral andam se omitindo em questões fundamentais relacionadas ao controle dos impactos das intervenções grandiosas e desastrosas que estão sendo operadas a toque de caixa nos ecossistemas do V Distrito de São João da Barra. O problema é especialmente grave porque a área é habitada por centenas de famílias que hoje se encontram ameaçadas não só nos seus meios de sobrevivência, mas também até na área da saúde coletiva.
Por essas e outras é que o imbróglio eleitoral talvez seja apenas a ponta de um longo iceberg.
Uma pista: sigam o caminho da água!
Moradores Não acreditam que eles vão usar toda a área
Em São João da Barra, no Rio de Jabeiro, Eike Batista recebeu como doação da prefeita Carla Machado e do governador Sérgio Cabral, terras e mais terras, que vão ser cimentadas, para construir sua Eikelândia.
Em São João da Barra tudo é cinzento. As desapropriações de fazendas, a destruição do verde que resta da Mata Atlântica, e do azul de rios, lagos e praias e, futuramente, o ar.
A ponte mede quase três quilômetros de comprimento. Nasce em solo arenoso e avança sobre o mar adentro. Está montada sobre 662 estacas fincadas no fundo da água que se enfileiradas teriam a distância de 38 quilômetros. Sua estrutura tem a largura de 27,5 metros, que permitirão não só a passagem de uma gigantesca correia de transporte de minério de ferro como também a circulação de caminhões pesados.
Na ponta da ponte em alto-mar, a temperatura