Logística verde e seus paradoxos
O termo logística verde, atualmente utilizado por pesquisadores, apesar de relacionado, possui características distintas da logística reversa. Como já se sabe, a logística reversa estuda meios para inserir produtos descartados novamente ao ciclo de negócios, agregando-lhes valores. A logística verde, ou logística ecológica, estuda meios de planejar e diminuir impactos ambientais da logística comum. Isso inclui, por exemplo, estudo de impacto com a inserção de um novo meio de transporte na cidade, projetos relacionados com o certificado ISO 14000, redução de energia nos processos logísticos, e redução na utilização de materiais (Mason,2002).
Como se pode notar, a logística ecológica é muitas vezes classificada como logística reversa. Por exemplo, um estudo para reutilização de pneus trata ao mesmo tempo da logística reversa e da logística verde. Entretanto, a redução no consumo de energia em um determinado processo é um estudo de logística verde, porém não trata de logística reversa.
O reaproveitamento de materiais e a economia com embalagens retornáveis têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e melhoria nos processos de logística reversa. Mas também a lavagem de embalagens retornáveis também pode contribuir para a poluição das águas superficiais e dos lençóis freáticos. Também não podemos ignorar a responsabilidade que antes era atribuída somente às empresas, agora deve ser também dividida com o consumidor, que com sua atitude mais ou menos conscientizada poderá contribuir mais ou menos para a degradação do ambiente em que vive.
Pressões acumulam-se de um variado um número de direções com consequentes movimentações de todos os atores e setores da economia na direção única de melhorar a relação com o meio ambiente. Em alguns setores isto já é manifesto, em outros, como o setor de logística, ainda apresenta-se latente, mas rapidamente emergente. A questão é quando e de