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Fiel adaptação de um conto de Annie Proulx, O Segredo de Brokeback Mountain, nos relata a história de Ennis Del Mar (Heath Ledger) e Jack Twist (Jake Gyllenhall), dois cowboys. Uma relação clandestina de toda uma vida, marcada pelo amor e pelo medo dos comentários de uma sociedade repressora. As cenas de sexo praticamente não existem, as interpretações são assentes na linguagem física e no uso do olhar. A obra é comandada pelo laconismo - emocional, verbal, dramático - pelo não dito, pelo sugerido numa pose, numa expressão e num gesto, pela justeza de expressão, e por muito pudor. Um belo filme que está dando o que falar e que põe em evidência a cinematografia homossexual.
Mas até que ponto pode-se falar da filmografia de temática gay e lésbica como se de um movimento cinematográfico se tratasse? Seria correto afirmar que a produção de filmes e a popularidade desse “gênero” são crescentes, com proliferação de mais de cem festivais em todo o mundo e êxitos como As Horas (The Hours, 2002), em que são lésbicas as protagonistas (Meryl Streep,