logica o ativo e passivo
De forma intuitiva muitos foram os conhecimentos egressos da mente humana que só muito tempo depois se transformaram em explicações sobre os seus fundamentos racionais.
Empiricamente grandes verdades foram dessa forma percebidas e somente milênios depois racionalmente encontraram um desenvolvimento capaz de ampliar o entendimento sobre a realidade.
Assim ocorreram com as concepções do átomo, da energia mental, de tantas coisas outras e, também, com a fórmula genial da partida dobrada relativamente à informação contábil.
Percepções apenas formais pouco tempo depois encontraram esclarecimentos competentes para tangerem a essência das coisas.
O débito e o crédito no registro dos fatos decorreram inicialmente da concepção de “meu” e “seu”, atribuível a relações de natureza pessoal.
Há cerca de 6.000 anos, na Suméria, segundo provas arqueológicas, a escrita contábil desenvolveu-se na base de tais princípios, mas, logo depois já se ampliava ao campo das “coisas materiais”, ou seja, não só evidenciando o relativo a pessoas, mas, a riquezas.
Um dos maiores estudiosos da História da Contabilidade, o professor Federigo Melis, na década de 40 do século passado já tinha convicções sobre o nascimento da Partida Dobrada naqueles referidos procedimentos sumerianos, considerada a escrita “tabular” que foi evidenciada em peças de argila.
Se ninguém ainda constatou efetivamente o autor do critério de registros em débitos e créditos, por outro lado não há dúvida que nasceu da necessidade de informação sobre a movimentação da riqueza dos empreendimentos.
Um povo que teve capacidade de criar o sistema decimal, a escrita, os números abstratos, o calendário e obteve outras conquistas do saber, sem dúvida, merece ter-lhe atribuída a invenção dos primeiros sistemas racionais dos registros contábeis e da Partida Dobrada.
O conceito de “débito” e “crédito”, portanto, ligado inicialmente apenas a questões de valores a receber e a pagar, por