lodo de esgoto
Artigo Técnico
Aplicação de lodos de estações de tratamento de água e de tratamento de esgoto em solo degradado
Simone Bittencourt
Doutoranda em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Analista da Companhia de Saneamento do
Paraná (SANEPAR) – Curitiba (PR), Brasil.
Beatriz Monte Serrat
Doutora em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade de São Paulo (USP). Professora Sênior do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo da
UFPR – Curitiba (PR), Brasil.
Miguel Mansur Aisse
Doutor em Engenharia Civil pela USP. Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental da UFPR – Curitiba (PR), Brasil.
Lia Márcia Kugeratski de Souza Marin
Mestre em Geologia Ambiental pela UFPR – Curitiba (PR), Brasil.
Caio César Simão
Engenheiro Agrônomo pela UFPR – Curitiba (PR), Brasil.
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da aplicação de lodo de Estação de Tratamento de Água (ETA) em solo degradado, com presença e ausência de lodo de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), na produtividade do milheto e nas características de fertilidade desse solo. A área experimental foi resultante de depósito de materiais oriundos da construção da ETE Padilha Sul, em Curitiba (PR). Os blocos casualizados foram arranjados em parcelas subdivididas e uma testemunha, sendo a parcela principal constituída por ausência e presença de lodo de ETE (77 Mg.ha-1 Sólidos Totais – ST) e a subparcela por doses de lodo de ETA (24, 37 e 61 Mg.ha-1 (ST)). Concluiu-se que a aplicação de lodo de ETA não teve efeito sobre a produtividade de milheto, tampouco sobre os teores dos elementos avaliados no solo. No entanto, na presença do lodo de esgoto, a sua aplicação foi favorável à dinâmica do nitrogênio do solo até à dose de 37 Mg.ha-1 e a aplicação do lodo de ETE neutralizou o alumínio trocável, elevou o pH, o