Lodo ativado
1. Histórico
No início deste século procurou-se desenvolver e aprimorar o tratamento secundário, com a utilização de processos biológicos para obter a mais completa remoção de matéria orgânica visando o aumento de eficiência no tratamento de águas residuárias.
Dois pesquisadores, Lockett e Ardern, em 1914, notaram que a aeração de águas residuárias municipais resultava na remoção de material orgânico, enquanto que, simultaneamente, se formavam flocos macroscópicos de microrganismos que podiam ser separados da fase líquida por sedimentação simples, obtendo-se dessa maneira uns lodos biológicos. Os resultados desses estudos mostraram que a adição desse lodo a uma outra batelada de água residuária resultava numa aceleração do processo de remoção de material orgânico e um crescimento adicional do lodo. Essa capacidade de acelerar a remoção do material orgânico de águas residuárias fez com que o lodo biológico fosse chamado de "lodo ativado". 2. Definições
Lodos ativados é o processo de tratamento de efluente por oxidação biológica, isto é os microrganismos ao degradarem a meteria orgânica presente no esgoto bruto ou sedimentado (sedimentação primária) produzem flocos (flocos biológicos) em tanques de aeração na presença de oxigênio dissolvido, os quais serão separados por sedimentação no decantador secundário
3. Descrição do processo de Lodos Ativados
O tratamento secundário na forma de lodos ativados tem por objetivo a oxidação e remoção de sólidos suspensos, solúveis ou finamente divididos, que não foram removidos nas etapas de tratamento anteriores. Organismos aeróbios realizam esse trabalho em poucas horas durante a passagem da água residuária pelo tanque de aeração. O material orgânico em estado coloidal e solúvel é metabolizado por diversos grupos de microrganismos em tanques de aeração, com formação dos produtos finais dióxido de carbono, água, sulfatos e nitratos.
Simultaneamente, uma fração