Liçoes do movimento estudantil
Já há alguns anos, a UJC e outras organizações demonstram o repúdio à direção da UNE, comandada pela UJS, PT e Cia. Denunciamos sempre seu peleguismo e a submissão sem disfarce ao governo Lula e Dilma. A UNE, depois de 2002, passou a ser o Ministério da Juventude do governo do PT e não aquela saudosa organização, que se confundia com o próprio conceito de democracia.
Baseados nos documentos do XIII Congresso, em que tomamos por resolução que no Brasil a revolução tem caráter socialista, isto é, que a revolução no Brasil não precisava de uma etapa desenvolvimentista, simplesmente porque o Brasil está completamente integrado ao sistema capitalista internacional, nós, os comunistas, começamos a debater qual a função do movimento estudantil na estratégia socialista.
É aí que surgem em todos os documentos da UJC a necessidade da construção da Universidade Popular. A Universidade, para os que defendem essa ideia, tem que ser mais que pública, gratuita e de qualidade. Deve estar comprometida com a produção de conhecimento útil para o trabalhador, que o torne capaz de pensar e criticar o mundo em que está inserido, resolvendo seus maiores problemas e não, como é atualmente, voltado para as necessidades do mercado capitalista.
O Seminário Nacional de Universidade Popular, realizado recentemente, é o primeiro passo para a consolidação de um novo movimento estudantil no Brasil, com muito mais qualidade que o desenvolvido até então, já que é feita uma construção conjunta e plural de diversas forças da esquerda revolucionária e não através de um democratismo barato e falsificado dos CONUNEs.
As bases para um grande movimento foram lançadas no ME. A situação no movimento operário não parece tão otimista. Depois que a CUT deixou de ser uma opção para a esquerda revolucionária, o movimento sindical combativo teve que se reinventar no Brasil.
Uma das primeiras tentativas foi a criação do CONLUTAS (hoje CSP-CONLUTAS, ou algo assim), encabeçada