Lixo na sociedade de consumo
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LIXO NA SOCIEDADE DE CONSUMO Impulsionado e sustentado pela sociedade do consumo pós-revolução industrial, o problema do lixo no cenário urbano e suas influências, sejam diretas ou indiretas, na qualidade de vida das sociedades se agrava de maneira desenfreada e linear, fornecendo risco à integridade física e estrutural de pessoas bem como de centros urbanos. Desde as últimas décadas, a sociedade contemporânea presencia um aumento gradativo na escala da produção industrial somado a uma renovação na dinâmica dos hábitos de consumo. É notório que a modernização desses hábitos trouxe, em muitos sentidos, mais comodidade e praticidade ao dia-a-dia. A grande variabilidade dos produtos disponíveis ao consumidor, proporcionada em grande parte pelos avanços tecnológicos, elevou o nível de consumo a patamares inimagináveis em épocas passadas. Seja na forma orgânica ou sintética, o lixo produzido nos grandes aglomerados urbanos não encontra, na maioria das vezes, a destinação necessária para que o bem-estar da sociedade e a preservação ambiental sejam assegurados. Os chamados aterros sanitários estão cada vez mais saturados, e as medidas de reaproveitamento do lixo ocorrem de forma paliativa ou em baixa escala. Outro problema recorrente é a produção desenfreada do lixo altamente tóxico proveniente de aparelhos eletrônicos, que quando descartado diretamente na natureza pode contaminar lençóis freáticos e causar sérios danos à saúde humana. Apesar da existência de projetos como a coleta seletiva e a redução da produção de materiais à base de polietileno, como as sacolas plásticas, deve-se ressaltar que uma melhoria efetiva nesse contexto só é viabilizada por meio da maciça conscientização social unida a medidas criteriosas por parte do poder público. Dessa forma, o financiamento, por parte do governo, de pesquisas em universidades que visem à criação de formas eficientes de reciclagem é uma das alternativas para que os males causados pela