Lixo: Gestão de Resíduos Urbanos
É de conhecimento geral que a disposição do lixo sólido produzido em quantidades cada vez maiores nas cidades é uma das maiores preocupações da gestão ambiental. A Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define resíduos sólidos como: “Resíduos em estado sólido e semi-sólido que resultam de atividades da comunidade, de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nessa definição os lodos provenientes do sistema de tratamento de água, aqueles gerados por equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água, ou exijam para isto soluções técnica e economicamente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível (ABNT,2004)” .
O acelerado crescimento econômico global, aliado a um novo padrão de consumo, onde tudo se torna mais facilmente descartável, vem acontecendo e gerando uma quantidade cada vez maior de resíduos provenientes de processos produtivos, acelerando os impactos ambientais no planeta.
A cada ano, a geração de lixo pela sociedade brasileira aumenta, tanto em termos absolutos, quanto per capita. Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Associação
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a geração de resíduos no Brasil cresceu 1,3% de 2011 para 2012, enquanto o crescimento populacional urbano neste período foi de apenas 0,9%.
No Brasil, a gestão de resíduos sólidos é de responsabilidade municipal, bem como a definição de uma legislação para sua coleta e destinação final. Entretanto, qualquer tecnologia utilizada no tratamento ou destino final do lixo necessita de investimentos e são altos os seus custos operacionais, por isso, a maioria dos resíduos sólidos é disposta sem controle algum, prática que acarreta em graves consequências como: contaminação do ar, do solo, das águas