lixiviação e laterização
Em metalurgia e outras áreas relacionadas, a lixiviação é utilizada para separar metais de valor de um minério por meio de solução aquosa de maneira barata (sem ser necessário o beneficiamento do minério) e, em outros casos, também é usada para se fazer a remoção de impurezas, quando recebe o nome de “lixiviação inversa”.
Este tipo de lixiviação chamamos de “lixiviação química” e pode ser divida em dois tipos: lixiviação direta e lixiviação sob pressão.
Já em geologia, chamamos de lixiviação ao processo de “arraste” ou “lavagem” dos sais minerais presentes no solo, caracterizando uma forma inicial de erosão, ou erosão leve.
A lixiviação, neste sentido, ocorre quando o solo fica demasiadamente exposto (por causa de desmatamento, queimadas ou sobrepastoreio) e, com a ação gradativa das chuvas vai tendo seus materiais arrastados tornando-se primeiro infértil, e depois, podendo ocasionar erosões graves (voçorocas) dependendo do tipo de solo e grau de exposição.
No tratamento de resíduos (principalmente de efluentes) pode ser usado o processo de lixiviação bacteriana, ou biolixiviação, que consiste na utilização de microorganismos (bactérias) capazes de solubilizar metais através da oxidação de sulfetos metálicos.
Já a laterização é uma consequência da lixiviação e ocorre quando há o surgimento de uma crosta ferruginosa no solo, que, em certos casos, chega a impedir a penetração das raízes no solo. Essa concreção ferruginosa ou formação de "laterita" no solo é produzida pelo acúmulo de ferro e alumina, tornando o solo deficiente para o cultivo. Também é conhecida como "canga pedológica ". Esse processo pode ser acelerado pela ação humana, ao derrubar a cobertura vegertal que naturalmente protege o solo.