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Trabalho realizado por Leonardo Delgado do século fundaram-se dezenas de associações esportivas nacionais na Inglaterra. Para Eyler (1969) parece existir uma relação entre o aumento do tempo de lazer, em parte induzido pela Revolução Industrial, e desenvolvimento esportivo. Rouyer (1977) analisou o esporte com relação ao lazer e ao trabalho no quadro do emergente capitalismo inglês; constatou que o esporte era uma atividade de ócio da aristocracia e da alta burguesia e um meio de educação social de seus filhos, e que a Inglaterra era o primeiro caso típico da realidade do esporte num país capitalista. A Inglaterra foi pioneira em divulgar o esporte entre uma população industrial e urbana (Macintosh, 1975). O esporte tornou-se acessível às classes trabalhadoras inglesas depois de ter surgido pra a classe média, em decorrência de conquistas trabalhistas. Por volta de 1870 os trabalhadores passaram a reivindicar - e obtiveram - uma redução da jornada de trabalho. Segundo Macintosh (1975) "Foi então, e só então que se deu a grande proliferação de clubes desportivos e organizações distritais" (p. 38). A Inglaterra foi também pioneira em aceitar e utilizar o esperte comum meio de educação. O exemplo da Escola de Rúgbi onde seu diretor Thomas Arnold (1795-1842) suprimiu a ilegalidade de alguns jogos esportivos, generalizou-se nas demais Escolas Públicas na segunda metade do séculoXIX, que tradicionalmente dedicavam parte da vida escolar à organização supervisão de atividades pelos próprios estudantes, e o autogoverno foi altamente desenvolvido nos jogos e esportes. A "capacidade de governar outros e controlar a si próprio, a atitude de combinar liberdade com ordem” (Comissão Real das Escolas Públicas, citado por Mclntosh, 1973, p. 119) era modelo aceito da Educação Física nas Escolas Públicas. No entendimento de Rouyer (1977), no princípio do século XIX, as classes dirigentes