livro “Arquitetura Colonial Baiana – Alguns Aspectos de sua História”.
Indiscutivelmente os mais antigos e importantes de todo o grupo, são os dois desenhos mostrando uma construção, que lembra nas suas linhas gerais uma Casa da Câmara baiana, do tipo de que ainda se conservam exemplos na zona do Recôncavo. O assunto dos desenhos é perfeitamente claro, pois a planta do andar térreo leva a inscrição “Modelo da Obra que se há de fazer na Alfândega da Bahya”, uma das salas sendo designada “caza dall fãdega”. A ortografia antiga dessa denominação, assim como a do contíguo “allamaze das armas” indica a probabilidade quase certa dos desenhos serem obra do século XVII. O que se torna ainda mais evidente a atribuição a esta época é um documento que foi arquivado no mesmo maço de papéis, que é uma carta na qual o Provedor da Real Fazenda,Pero de Gouveia de Melo explica a D. Felipe III a recusa dos oficiais da Câmara da Bahia de concorrerem nas despesas da construção das obras das “Casas da Alfândega, contos e almazem”.
As construções civis da cidade do Salvador, erigidas nas décadas seguintes a 1618 desapareceram, como o palácio dos governadores, ou têm sido completamente modificadas, como sucedeu com o edifício que foi do Senado da Câmara, onde atualmente funciona a Prefeitura Municipal. Existe, porém, fora da capital, um raro exemplo do estilo, na velha Casa da Câmara da cidade de Cachoeira, completada cerca de 1715.
A escadaria da Casa da Câmara ocupa o mesmo lugar à extremidade da fachada, sem, porém, ter, pelo menos agora, os mesmos vãos que dão luz à do risco. A Casa da Câmara de Maragogipe cujas linhas lhe reservam um lugar na mesma