A crônica Retrato de D Pedro

Graças à obra de Fernão Lopes, temos o perfil da vida social, política, moral e econômica de Portugal nos séculos XIV e XV. Por ter exercido as funções de “guardador das escrituras do tombo” e “escrivão dos livros” de D João e D Duarte, ter sido “escrivão da puridade” do infante D Fernando e ainda, “tabelião geral” do reino, Fernão foi favorecido em seu legado de historiador, visto que a composição das crônicas dependeu do conhecimento do material a que tinha acesso.

Em suas crônicas Fernão Lopes relata dados históricos verossímeis de Portugal, de forma literária, mostrando nelas, como o trono de Portugal vai de D Pedro I ao seu filho bastardo, D João I.

Fernão relata em crônica que D Pedro I tinha interesse pelas questões populares, porém, ao punir os algozes que jurara perdoar diante de seu pai, perdeu muito da boa fama de que gozava junto ao povo. D Pedro teve um filho bastardo chamado João. [Retrato de D Pedro; Justiceiro e Cru]

Narra, que com a morte do rei D Pedro I, D Fernando I (seu filho legítimo) torna-se rei de Portugal. Além dos acontecimentos mais importantes desse reinado, ele fala de Dona Leonor Teles, que usa seu magnetismo, seu poder de sedução para obter todas as formas de poder que existem, e acaba por seduzir e casar-se com D Fernando. Isto não foi do agrado do povo. [O Casamento do Rei D Fernando; O Golpe]

Fernão relata ainda que com a morte de D Fernando, quem assume o trono é Dona Leonor; porém esta era odiada pelo povo de Portugal por ser interesseira e castelhana. Os castelhanos eram tidos como inimigos.

O povo, então passa a apoiar que o filho bastardo assuma o trono, pois este sim tinha o caráter admirado por todos. Através de muitas lutas enfim, D João chega ao trono e resgata Portugal.

Após a morte de D João, quem assume o trono é D Duarte, que marca o início de um período de prosperidade econômica e social. D Duarte é quem pede para que Fernão registre em crônicas as histórias dos reis de Portugal, tendo ele,