Maias
Capítulo III e IV - Educação de Carlos da Maia e de Eusebiozinho (fim da analepse); Projectos de Carlos da Maia, médico, em Lisboa. Capítulo V e VI - Os projectos de Carlos e Ega entram em crise; Jantar no Hotel Central (temas discutidos: literatura e crítica literária, as finanças, a história da política), vida social e A Deusa.
OS PERSONAGENS
Afonso da Maia :O patriarca da família Maia, pai de Pedro e avô de Carlos, é um velho racionalista, que na juventude foi um jacobino, cujo furor consistia em ler Rousseau e a "Enciclopédia". Optou pelo exílio voluntário com sua família, na Inglaterra e na Itália, voltando para Portugal com Pedro já crescido. É um homem rígido, de idéias firmes, muito liberal em suas convicções políticas mas extremamente conservador quanto aos valores familiares.Por trás de seu aspecto rijo e austero, revelava-se terno e generoso: "era dos que não pisam um formigueiro e se compadecem da sede de uma planta".
Pedro da Maia: Desenvolvera-se lentamente, sem curiosidades, indiferente a brinquedos, a animais, a flores, a livros. Nenhum desejo forte parecera jamais vibrar naquela alma meio adormecida e passiva. Era em tudo um fraco. Filho único de Afonso da Maia, Pedro é um belo rapaz, com seus olhos que parecem sempre prontos a umedecer. Criado num ambiente lúgubre, às voltas com a mãe, uma fervorosa beata, e educado por padre Vasques, que tratou de imbuir no seu espírito o temor a todas as coisas materiais e espirituais, tornou-se um rapaz pequenino e nervoso, com pouco da raça e da força dos Maias. Taciturno e melancólico, cultiva aos poucos um temperamento romântico: não o romantismo impetuoso e viril que veremos mais tarde em Carlos,mas passional e mórbido - próprio dos românticos da época. Vai se apaixonar por Maria Monforte, e este sentimento violento o levará, mais tarde, ao suicídio.
Maria