livro X
Alguns afirmam que o prazer é o bem e por outro lado, defendem que é mau. Diante desse quadro, Aristóteles traz algumas opiniões e argumentos a respeito do prazer. Eudoxo: um astrólogo, matemático e filosofo grego, defendia que o prazer era o bem. Porque, via que todos os seres racionais e irracionais tendem, com objetivo de escolha para ele, sendo então bem por excelência. Eudoxo também defendia que o estudo ao contrário do prazer é o sofrimento. Porque, da mesma forma que o sofrimento e um objeto de aversão para os seres o seu contrário deve ser um objeto de preferência e escolha, como ocorre com o prazer. Há quem objete alegando que aquilo que todos os seres escolhem não e necessariamente o bom. Porém, Aristóteles afirma que a pessoa está falando um absurdo, já que não apenas os seres irracionais como também os racionais, que são os inteligentes, desejam o prazer. E mesmo nas criaturas inferiores há um dom natural, mais fortes do que elas, que as leva a tender para o seu bem próprio. Platão pensava que o prazer não é um bem, pois este não pode tornar-se mais desejável pela adição de outra coisa, seja ela qual for.
Na parte 3 do Capítulo 10, entra-se profundamente numa análise acerca do prazer. De início diz-se que o mesmo não é um bem, pois nem a felicidade e nem a atividade virtuosa são qualidades. O prazer, portanto, dessas duas ações não implica necessariamente na pratica do bem. O bem é determinado por uma boa ação, ele é finito, enquanto o prazer é indeterminado, uma vez que existem diferentes graus de prazer. Porém o prazer em si nunca se sacia justamente por ser gradual. Observou-se que