Nesse livro, Citelli lança algumas ideias para a melhor compreensão das técnicas utilizadas para o convencimento, ou seja, o ato de persuadir. É a partir dessas técnicas que o livro tem seu conteúdo desenvolvido. A revista americana Newsweek tem como slogan: “aquela que não persuade”, citada como exemplo por Citelli, deixa nítida a ideia de um meio de comunicação confiável, uma revista em que seus leitores podem acreditar. A partir desse ponto, são ressaltados pelo autor graus de persuasão, o exemplo acima é identificado como uma “persuasão mascarada”. Em sua obra, Citelli faz referências a Aristóteles (384-322 a.C.) e, através de suas teorias, o autor deduz que a retórica não é a persuasão, ou ainda, a retórica pode revelar como se faz a persuasão. Portanto, entende-se como retórica a técnica da persuasão. Uma ciência que busca ensinar como se empregam os argumentos. O autor menciona, como estratégia retórica, algumas figuras frequentemente utilizadas. Entre as figuras abordadas, ele cita a metonímia, que é a utilização de um termo no lugar de outro. Exemplo: Ouvi Roberto Carlos (entende-se como ouvi a música de Roberto Carlos). No capítulo três, Signo e Persuasão, o autor aborda esse tema, mostrando que a construção de um discurso persuasivo passa por uma organização dos signos linguísticos e é da inter-relação dos signos que se produz um texto. Ele também cita Saussure. Este afirma que todo signo possui duas faces: o significante e o significado, distinguindo-os desta forma: o significante é a imagem acústica, sua realidade material. Já o significado é o aspecto imaterial, conceito que remete a uma determinada representação mental evocada pelo significante. Pode-se, a partir daí, conceituar que significante e significado são constituídos de uma mesma base, a significação, portanto, a significação é produto final da relação entre significado e significante. O autor afirma de forma objetiva que o signo é sempre arbitrário