Livro etnocentrismo
Como sabemos, o ser humano tem uma forte tendência em identificar tudo aquilo que parece ser um tanto quanto estranho ou diferente. Nós costumanos separar as coisas em dois grupos distintos: o grupo do “eu” ou do “nós” e o grupo do “outro”.
Essa separação ocorre, de acordo com o livro, devido a um “fenômeno onde se misturam tanto elementos intelectuais e racionais quanto elementos emocionais e afetivos”. E ainda afirma que os elementos intelectuais incluem uma dificuldade de se pensar a diferença, já os elementos emocionais se tratam de sentimentos como estranheza, medo, hostilidade etc.
Já no plano histórico, o livro nos traz sobre a visão antropológica do relativismo. O autor se preocupa em criar uma linha contextual narrando os limiares das visões antropológicas evolucionistas como uma tentativa de explicação racional para as diferenças entre as culturas. O evolucionismo é uma visão de mundo etnocêntrica por olhar as demais culturas meramente como estágios de evolução correspondentes a estágios anteriores ao nosso. No entanto, as teorias evolucionistas são mais avançadas do que as visões etnocêntricas anteriores, segundo o livro, por tratar as demais culturas como “humanas”, embora “atrasadas” ou “menos evoluídas”.
O evolucionismo acabou por contribuir para a relativização futura por tratar o diferente como humano, o que se trata de um paradoxo. E isso se deu, na realidade, pela dificuldade teórica dos evolucionistas em determinar um referencial seguro para se medir a “evolução” cultural. Além disso, o trabalho de campo ou pesquisa de campo deu ímpeto a novas análises antropológicas, visto que os cientistas que empregavam tal método podiam agora conviver diretamente com as culturas estudadas em questão. O