Livro Cidadão de Papel
Jarina Sertano Clarinetista
Temas:
Trabalho e Renda
Urbanização e População
Educação
Meio Ambiente
Cultura
A verdadeira democracia, aquela que implica o total respeito aos Direitos Humanos, esta ainda bastante longe no Brasil. Ela existe apenas no papel. O cidadão brasileiro na realidade usufrui de uma cidadania aparente, uma cidadania de papel. Existem em nosso pais milhões de cidadãos de papel.
Desvendar as engrenagens que produzem este tipo de cidadania, eis o objetivo deste livro. Essas engrenagens estão diante dos nossos olhos. Convivem com nosso dia-a-dia. Nos fazemos parte delas. Nos as produzimos.Todos os cidadãos tem mais ou menos responsabilidade na produção de violência, de desemprego, do êxodo rural que incha as cidades, do analfabetismo, da mortalidade infantil.
Gilberto Dimenstein vem expondo esta realidade ha um certo tempo. Neste livro ele da mais um passo no aprofundamento do tema. Sua preocupação não se restringe a denunciar os casos mais graves de desrespeito aos Direitos Humanos. Vai bem mais além, mostrando justamente que, caso não sejam enfrentadas suas causas mais profundas, nossa cidadania não passara de uma cidadania de papel.
Este livro poderá ganhar uma forca extraordinária nas mãos dos jovens que o utilizarem para estudo e reflexão. Com ele poderão contribuir para mudar radicalmente o conceito de cidadania que vigora em nosso pais.
Urbanização
■ O eterno drama da seca
Já vimos o estrago que faz a recessão. Conhecemos as ruinas da inflação e observamos o que acontece quando esses dois palavrões se juntam.
Esse processo se torna ainda mais perverso com o crescimento desordenado das cidades grandes. Elas cresceram demais porque milhões de famílias vieram do campo em busca de melhores condições de vida.
Quando a esta inflação da década de 80 explodiu, algumas cidades estavam muito grandes, inchadas, cheias de favelas e cortiços. Não havia serviços públicos básicos nas