O cidadão de papel - livro
Este livro constitui uma surpresa agradável para a juventude. Muito raramente um autor se dirige de maneira adequada aos jovens para se comunicar na linguagem deles, sobre assuntos sérios que afetam seus direitos. Gilberto Dimenstein é um jornalista e autor sinceramente preocupado com os problemas da infância e da juventude de seu país. Acredita, ao contrário de muitos outros, nas soluções oferecidas pela nova geração para os problemas que o Brasil está enfrentando. E para que os jovens possam participar das soluções, devem entender os (muitas vezes bastante complexos) processos econômicos, políticos e sociais. Gilberto teve a genial idéia e a genuína preocupação de tornar possível a participação prá valer da juventude. A UNICEF aplaude este esforço louvável e defende a maior divulgação do livro entre os jovens, seus pais e os verdadeiros estadistas desta Nação. Agop Kayayan Representante da Unicef no Brasil.
Apresentação A verdadeira democracia, aquela que implica o total respeito aos Direitos Humanos, está ainda bastante longe no Brasil. Ela existe apenas no papel. O cidadão brasileiro na realidade usufrui de uma cidadania aparente, uma cidadania de papel. Existem em nosso país milhões de cidadãos de papel. Desvendar as engrenagens que produzem este tipo de cidadania, eis o objetivo deste livro. Essas engrenagens estão diante dos nossos olhos. Convivem com nosso dia-a-dia. Nós fazemos parte delas. Nós as produzimos. Todos os cidadãos têm mais ou menos responsabilidade na produção de violência, de desemprego, do êxodo rural que incha as cidades, do analfabetismo, da mortalidade infantil. Gilberto Dimenstein vem expondo esta realidade há um certo tempo. Neste livro ele dá mais um passo no aprofundamento do tema. Sua preocupação não se restringe a denunciar os casos mais graves de desrespeito aos Direitos Humanos. Vai bem mais além, mostrando justamente que, caso não sejam enfrentadas suas causas mais profundas, nossa