Livro: Casa: Pequena história de uma idéia
744 palavras
3 páginas
BEM-ESTAR "Ah! Não há nada como ficar em casa para ter verdadeiro conforto." - Jane Austen EMMA Conforto, no sentido da palavra, é o ato ou efeito de confortar. Significa comodidade material, aconchego (MICHAELIS, 1998). Está relacionado diretamente com, eficiência, privacidade e bem-estar. De acordo com Rybczynski, o “bem-estar" é uma necessidade humana e o conforto uma condição para alcançá-lo. Para ele, os espaços devem ser pensados e especificados de forma a cumprir os objetivos para o qual eles foram projetados e, se o objetivo fundamental é torná-los habitáveis, proporcionar conforto é a sua principal característica. Rybczynski, em seu livro “Casa, pequena história de uma ideia”, apresenta uma evolução no conceito de conforto, onde o autor identifica questões como a domesticidade, privacidade e intimidade. Privacidade seria, segundo o autor, uma das primeiras exigências do conforto visto que, na idade média, por exemplo, as famílias dividiam os mesmos espaços. Outros valores como conveniência, encanto e eficiência também estariam correlacionados à evolução do conceito de conforto do século XVIII até século XX. A arte desses séculos deixou vários registros do que seria conforto e bem-estar em tempos passados. Os estilos de época, estão sempre em movimento pendular, fazendo arquitetos se inspirarem em estilos passados, ou até mesmo imitá-los. O século XIX continuou ressuscitando diversos estilos antigos, e a maioria deles, pouco ou até mesmo nada contribuiu para o aprimoramento do conforto doméstico. Há um interesse pós-moderno na arquitetura de recuperar a história e seus elementos clássicos. Continuamos fascinados a recriar o passado, sendo que a intenção deveria ser adaptar a história à vida contemporânea, e não o contrário. Preservar o passado não é a mesma coisa que recriá-lo. A noção de conforto nem sempre