LIVRETO LINGUAGEM 2
Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
253 páginas.
Glenn W. Erickson *
Originalmente publicado em 1991 sob o título Introducion à la rhetorique: théorie et pratique, e como a primeira edição portuguesa foi publicada em 1998, este estudo introdutório à ciência retórica já é clássico. O aparato formal inclui Prefácio, Introdução, Notas,
Bibliografia sumária, e Índice remissivo e glossário dos termos técnicos. Alternamente histórico e sistemático, o texto principal tem nove capítulos e uma conclusão “A guisa de uma conclusão”. Os primeiros quatro capítulos revisam a história da retórica com a teoria aristotélica bem no centro. O primeiro capítulo, “Origens da retórica na Grécia”, documenta as contribuições de Córax, Górgias,
Protágoras, Isócrates e Platão no desenvolvimento da retórica. O segundo capítulo, “Aristóteles, a retórica e a dialética”, analisa a definição de Aristóteles em que retórica “é a arte de achar os meios de persuasão de que cada caso comporta” (p. 24), tratando as relações entre retórica e filosofia. O terceiro capítulo, “O sistema retórico”, revisa as quatro partes da retórica na acepção aristotélica: invenção, disposição, elocução e ação. E o quarto capítulo, “Do século I ao XX”, trata da fortuna da retórica na era cristã, dividida entre o período romano, o declínio e as múltiplas retóricas da atualidade. Depois do tratamento histórico, o resto do livro introduz vários termos técnicos e ilustra a leitura retórica. Os capítulos quinto e sexto, “Argumentação” e “Figuras”, tratam de dois aspectos destacados pelas novas retóricas alternativas mencionadas acima.
*
Professor titular do ericksons@ufrnet.br Departamento
de
Filosofia
da
UFRN.
Princípios, Natal, v. 14, n. 21, jan./jun. 2007, p. 277-281.
E-mail:
278
Glenn W. Erickson
Reboul insiste em que retórica é sempre argumentativa e estilística ao mesmo tempo. O último destes capítulos divide seu tópico em