Livre Arbítrio
Tradicionalmente entende-se o agente como um ser racional, livre e responsável:
Só um ser racional é capaz de deliberar, de ponderar as razões que o levam a agir, a decidir,
Dado que tem a oportunidade de decidir por uma ou por outra, o agente é considerado responsável pelas suas escolhas e deve responder por elas, assumindo as suas consequências.
A noção de liberdade diz respeito à possibilidade de escolha e de autodeterminação. Esta noção de liberdade corresponde ao Livre Arbítrio, isto é, ao acto voluntário, autónomo e independente de qualquer constrangimento e coacção externa ou interna.
O livre arbítrio corresponde a uma vontade livre e responsável de um agente racional.
Mas será que a vontade humana é verdadeiramente autónoma e independente de constrangimentos ou coacções externas e internas?
Não existirão forças externas que a limitam e que anulam o livre arbítrio?
Como pode a força da gravidade limitar a acção humana?
Ex: mesmo que fosse a minha vontade não sou livre de saltar de uma varanda do décimo andar e voar sem ser atraído pela Terra.
Em que medida estamos limitados pela nossa constituição?
Tal como os outros animais, nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos. A nossa constituição biológica assim o define – não somos livres de não envelhecer, de não morrer, ou de não ficarmos doentes se houver uma propensão genética para tal.
O nosso BI genético define a cor dos nossos olhos, o nosso tamanho, a nossa vitalidade, … por muito altos que quiséssemos ser ou ter determinada cor de olhos não temos essa liberdade ou estamos fortemente condicionados (sapatos com tacão, lentes de cor)
Somos livres de não sentir alguns desejos?
Alguns dos nossos instintos mais básicos são incontornáveis, nomeadamente as motivações mais básicas: sentir fome e desejos de comer, sentir sede e desejar beber, sentir frio e desejar aquecer-se.
Se tivéssemos nascido noutra sociedade, com outros padrões culturais, seríamos as mesmas pessoas?