LITURGIA CULTICA
C ú l t i c a
QUESTÕES SEMÂNTICAS
TEXTO: I COR 14:26-40
Dizemos que cada igreja tem sua liturgia e seu estilo de adoração. Isto não deixa de ser uma verdade. É impossível adorar a Deus sem algum tipo de liturgia, embora a adoração prescinda de formas convencionais. “Neste sentido, até os cultos assim mal chamados ‘não litúrgicos’ contêm este tipo de elementos. Tudo parece ser deixado à espontaneidade, mas a espontaneidade tem já seus canais fixos de expressão e forma”.
1. Liturgia. O que é liturgia? A história do termo começa com uma palavra composta: “Leitourgia” de “ergón” (obra) e “leitos” (adjetivo derivado de “leos” ou “laos” - povo). Este termo significava ou indicava nas democracias gregas (segundo o grego clássico e helênico): “a prestação de um serviço por parte dos cidadãos de classe média no benefício da coletividade”. O termo se usa desta maneira também para referir-se a um serviço público, inclusive pago, no Egito ptolomaico e imperial. No período helenístico se estende à prestação de um serviço por parte de empregados ou escravos e desde o Século II a.C., também ao serviço público. A Septuaginta emprega o termo “leitourgía” e seus derivados para designar o serviço do templo por parte dos sacerdotes e levitas, enquanto que os termos correspondentes em hebraico são usados também para serviços que não sejam de culto. O termo, que tem aspectos míticos, políticos, ideológicos e religiosos, foi evoluindo em seu uso. Passou do mítico ao cultural e mais tarde especificamente ao religioso. Na realidade, se analisarmos a história do conceito, veremos que as primeiras definições aparecem no século XVII.
Segundo um enfoque puramente semântico, literalmente pode significar festa, celebração, e ainda culto (Latreia). No Antigo Testamento, o equivalente para liturgia é festa (“Hag”: dança e “Saret”: serviço) e “Aboda” (obra, serviço) que também se usa para atos litúrgicos. De