Litografia - apontamentos
Com origem na Antiguidade, a história da comunicação visual está relacionada com a evolução do conhecimento, da tecnologia, do comércio, da política, da arte, da vida urbana e do progresso das cidades.
A partir do momento que se apercebeu que tinha de compreender o mundo e os seus pares, o Homem começou a sentir necessidade de criar uma forma de pôr em comum as ideias, os sentimentos, as emoções e as reações com todos aqueles que o rodeavam. Começa por fazer desenhos ou pinturas nas cavernas – as chamadas pinturas rupestres –, que se tornaram cada vez mais abstratas, dando origem a pictogramas e a outros símbolos gráficos, que, mais tarde, se transformaram em letras e números. O Homem passou a ser um animal comunicante, capaz de compreender e fazer-se compreender. Já não se podia isolar, porque limitava as possibilidades de conhecer, descobrir, compreender, ou dificultava as tarefas de alimentação, defesa ou, até mesmo, prazer. Surge, então, a necessidade de viver em grupos mais organizados, onde a intercomunicação começa a ter um papel fundamental. Organiza o clã, a tribo, a sociedade. O Homem deixa, progressivamente, de ser nómada e passa a viver em locais fixos, dando origem às primeiras aldeias. Mais tarde, ainda vários milhares de anos antes da nossa era, são erguidas as primeiras cidades na Mesopotâmia e no Egipto. A pedra, o pergaminho, a argila, o tecido, o metal, a madeira, a cerâmica, o couro, o papiro, o cobre e a cera foram alguns dos suportes utilizados na escrita pelas primeiras civilizações. Em 105 d.C., na China, Ts’ai Lun inventou o papel com características semelhantes ao que é usado hoje [Müller-Brockmann, 2001]. A invenção da imprensa, em 1445, por Gutenberg, proporciona a passagem da palavra falada e manuscrita de difusão limitada, à palavra impressa e à comunicação de massas. A reprodução mecânica significou, a partir de então, a possibilidade de acesso universal ao trabalho